Conteúdo/ODOC – A plataforma de transferências instantâneas Pix tem revolucionado o mercado de pagamentos no Brasil, mas com a facilidade e a variedade de opções para os consumidores, os empreendedores do setor de bares e restaurantes precisam se adaptar à nova realidade. No entanto, o uso do Pix também aumenta a exposição aos golpes, que cresceram proporcionalmente à adesão ao sistema.

Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) realizada em outubro, o Pix já é a segunda forma de pagamento mais usada no delivery, com 15% de participação. O cartão de débito ficou em terceiro lugar, com 12%. O cartão de crédito ainda lidera com 73%, mas vem perdendo espaço para o Pix.

“A Abrasel acompanhou e apoiou o Pix desde sua gestação, antes mesmo de chegar ao mercado. É uma iniciativa que vem ao encontro do que pregamos, porque simplifica e traz ganho de produtividade. Não é surpresa este crescimento, mas também temos de chamar a atenção para o fato de que o uso do cartão de crédito ainda é massivo. Não à toa, lutamos para que o parcelamento sem juros se mantenha nesta modalidade”, explica o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci.

O problema é que o Pix também facilita a ação dos golpistas, que se aproveitam da inocência ou da desatenção dos comerciantes. O golpe mais comum é o do falso comprovante, em que o cliente envia uma imagem manipulada de uma suposta transferência realizada pelo Pix. O estabelecimento só percebe o prejuízo depois que o cliente já foi embora.

“O golpe do falso comprovante é o mais comum entre as artimanhas utilizadas quando falamos na hora de receber pelo serviço. O falso cliente afirma ter realizado o pagamento, forjando um recibo ou comprovante de transação fake, usando da inocência de quem faz a cobrança. Então, orientamos aos donos de bares e restaurantes que estejam sempre atentos e se guiem pelo aplicativo do banco, verificando as notificações dos valores recebidos”, destaca a presidente da Abrasel em Mato Grosso, Lorenna Bezerra.

No pagamento no balcão, o Pix ainda é menos popular, mas vem crescendo. De acordo com a pesquisa da Abrasel de outubro, cerca de 6% dos clientes optaram por essa modalidade, o dobro do que foi registrado em março. O cartão de débito tem 24% de participação, e o cartão de crédito, 66%.

O dinheiro em espécie, por outro lado, quase desapareceu das transações. Nos pagamentos em balcão, apenas 1% dos clientes utilizaram essa forma, enquanto no delivery a opção não chegou a 1%. A tendência é que os pagamentos virtuais e pelo cartão sejam cada vez mais predominantes no setor de bares e restaurantes.

Fonte: Portal O Documento